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segunda-feira, 5 de abril de 2010

"LEQUE UM ACESSÓRIO SEMPRE ÚTIL E EM MODA"


ESTE LEQUE GANHEI DE UMA QUERIDA AMIGA, VEIO DA ESPANHA E O GUARDO COM CARINHO EM MINHA BOLSA

Sábado de Aleluia ou Sábado Santo, fomos à Missa Solene na Catedral Metropolitana de Campinas, participamos da comunidade dando nossa ajuda trabalhando na pastoral dos noivos.
Essa missa solene leva em média três horas de duração. Que é para nós católicos a maior festa de nossa liturgia.
Segundo o calendário da igreja católica é a mais importante de todas as celebrações.
Nós, meu marido e eu, fomos convidados para fazermos juntos a 4º leitura Ex 14,15-15,1 , seguindo a liturgia do sábado Santo.
Enfim participamos de toda as celebrações da Semana Santa.
Como o calor que estava( pois hoje amanheceu bem fresquinho e gostoso, típico dia de outono) intenso eu levei meu velho-novo leque, que ganhei de uma querida amiga. Com meu calores insuportáveis provocados pela menopausa e mais as luzes da Catedral e as velas acesas, imaginem a minha situação.
Hoje pensando no quão valioso e ter na bolsa um acessório desses, guardadinho com carinho, pensei de onde será que surgiu essa maravilha?
Pesquisar é uma das atividades que mais gosto, quando quero partilhar algo que não sei. Espero que gostem, pois todo o trabalho de pesquisa que faço é procurado com carinho para não passar coisas erradas para aqueles que gostam de de uma boa informação.
Fazendo minhas pesquisas me deparei com algo escrito assim::..

"Com a popularização da eletricidade, surgiram os ventiladores, que acabaram por substituir os leques na função de nos refrescar. A era dos leques enquanto utilitários chega ao fim nos anos de 1930, mas até os dias atuais, em alguns países especialmente – e em ocasiões especiais – continua sendo um acessório indispensável e sinônimo de elegância, em alguns países. Em Portugal e na Espanha o uso do leque ainda é bem difundido, estando ligado à cultura destes países de forma profunda. A fabricação de leques é reduzida no Ocidente, tendo uma faixa de preços bem variável, custando desde uma simples moedas até uma pequena fortuna. O país que mais produz leques atualmente é a China, justamente a terra onde o leque articulado foi criado."

Eu literalmente não concordo e jamais deixarei que esse precioso e indispensável acessório caia no esquecimento.


Pequisando sempre::..
 
 O leque, objeto usado desde a mais remota antiguidade, pois aparece nas pinturas murais do Egito e da Assíria existe, pelo que se presume, há mais de 3 mil anos.
        Várias são as lendas que correm sobre a sua invenção.
        Uma das histórias, de fundo mitológico, conta que o primeiro leque se originou da asa de Zéfiro arrancada por cupido para abanar sua amada Psiché.
        Outra, também muito encantadora, conta que a filha de poderoso mandarim, assistindo à festa das Lanternas, sentiu-se mal com o intenso calor desprendido das milhares de velas acesas e, contrariando os hábitos da época, discretamente retirou a máscara que lhe escondia rosto e com ela começou a se abanar, no que foi imitada por todas as mulheres chinesas presentes, nascendo assim o leque.



Pelo que consta ele é oriundo da China, de onde se espalhou para o mundo.
       O leque neste país fazia parte integrante do vestuário, sendo símbolo de dignidade e poder.
       Os primeiros leques eram feitos de penas.
Dada sua proximidade à China, logo passou a ser usado no Japão. Para cumprimentar uma dama, o cavalheiro levantava o leque.
Três eram os leques no país:o gun-sen (de varetas de ferro), na-ogi (com 10 varetas) e o rekin-ogi (composto de três varetas). (Mar)
No Egito era o distintivo do faraó e consistia numa  grande honra um vassalo abanar seu soberano (Mar)        
Do século V até a Idade Média os leques eram feitos com hastes de marfim, cabo de ouro e prata, usados presos à cintura por correntes de ouro. (brasilcult)
A igreja grega, ao ordenar seus padres, presenteava-os com um leque de ébano ou sândalo, madeiras aromática para que eles se abanassem durante os ofícios.
Catharina de Médicis introduziu seu uso em França, que foi logo aceito por Henrique II que aprimorou sua confecção,ncumbindo para isto renomados artistas e pintores.
 

No reinado de Luís XIV foi considerado pela corte objeto indispensável à  elegância, tendo variado de tamanho e na originalidade de feitios.
O instinto feminino deu uma utilidade imprevistaao leque, cuja perfumada sombra era usada como transmissora de mensagens entre namorados ou amantes.O leque fechado dizia:"cuidado, nos observam"...O leque aberto imóvel:"o terreno está livre"...
O abano forte do leque:"amo-te muito"... e assim por diante

 E, gradativamente, o leque foi conquistando os vários países, atravessando mares, chegando até nossos dias como um objeto de alívio para os cálidos dias de verão. (Mar)
Porém, à proporção que o progresso avança e a vida exige rapidez e praticidade, o leque, aos poucos, está sendo relegado à saudade... 







 imagens aqui

Há necessidade de aqui se fazer referências aos chamados
"Leques Históricos" que, encomendados especialmente,
visavam perpetuar eventos históricos. Criavam-se leques
para comemorar casamentos reais, coroações, com a efígie
dos imperadores, fim de guerras mundiais com imagens de
flores e pombas brancas, símbolos da paz, atos governa-
mentais, etc. Vários destes leques ligados a fatos da
História do Brasil fazem parte do acervo dos nossos museus. (Mar)


Em épocas remotas em que a mulher era vigiada por todos elas inventaram uma linguagem própria para se comunicarem

Linguagem dos leques


Eu te amo - Esconder os olhos com o leque aberto.
Aproxime-se - Andar com o leque, conduzindo-o aberto na mão esquerda.
Quando nos veremos? - Leque aberto no colo.
Não me esqueça - Tocar o cabelo com o leque fechado.
Siga-me - Segurar o leque aberto sobre a bochecha direita
Vamos marcar um encontro –Sobre a bochecha esquerda
Me deixe tranqüila – Leque fechado sobre orelha esquerda
Estamos sendo vigiados – Virar o leque fechado várias vezes na mão esquerda
Sou casada –.Se abanar lentamente
Sou noiva – Se abanar rapidamente
Me espere no local combinado – Manter o leque aberto e imóvel em frente do rosto
Sim - Apoiar o leque no lado direito do rosto.
Não - Apoiar o leque no lado esquerdo do rosto
Adeus - Abrir e fechar o leque.



Flirt do Leque (1908) - Henri Gilard Glindoni908) - Henri Gilard Glindoni (1852 – 1913)
“Estas jovens estão a receber uma lição sobre o uso do leque com o objetivo de flirt. Algumas das alunas olham para o professor com ar apreciativo, mas as mães têm mais experiência.”
fonte de informação e imagem aqui


Alguns leques pelo mundo


leque00
Um tradicional leque chinês

Leque espanhol com varetas de nácar branco entalhadas e com incrustações de ouro. Tela dupla de seda pintada dos dois lados por Miguel Drago. Século XX.

Leque tipo baralho (somente varetas, sem guarnição de tecido – neste caso, as varetas estão
unidas por uma fita de 1 cm de largura), feito de ébano totalmente entalhado, gravado e pintado à mão pelo esmerado artesão valenciano R. Quiles.

Leque francês com varetas de nácar oriental, montado em pele de cabrito com apliques de tule bordado com lantejoulas e pinturas amorosas campestres. Século XVIII.

Leque francês do século XVIII de nácar oriental liso, montado em renda bordada à mão com a
letra “F” ao centro, provavelmente a inicial da dama (Françoise, Florence?) a quem pertenceu
naqueles anos de 1700.

Leque com varetas de marfim filigranadas. Tela dupla, pintada por Grassman, representando uma cópia da pintura de Ricci, “O concerto”. No reverso, a pintura é a suave paisagem de um lago. Primeira metade do século XX.

Leque tipo baralho, confeccionado totalmente em nácar branco com delicados entalhes feitos
a cinzel por Blay Villa e com transparências também em nácar.

Leque francês com varetas buriladas de nácar oriental e tartaruga, pintado à mão em tela
dupla . Século XIX.

Leque francês com varetas de nácar oriental, montado em seda natural com pinturas feitas à
mão e apliques de renda bordados com lantejoulas douradas. Século XIX.

Leque francês com varetas de tartaruga entalhadas e gravadas à mão, com incrustações em ouro. Tela de algodão pintada por Gabarda. Século XIX.
fonte das imagens aqui


Leia mais assistindo o vídeo





HISTORIA DOS LEQUES



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Tenha uma semana repleta de bençãos!
E cheia de luz!
 Rosane!

Um comentário:

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy disse...

Muito bacana esse post sobre leques, embora não os use. Dias desses minha mulher me mostrou um muito antigo que recebeu de herança da avó (via mãe). E gracias pelo apoio. De quando em vez dá uma aparecidinha para olhar e comentar as receitas que pretendo publicar. bjs