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— Conto de Natal — Por::.. De todos os anjos, ele era o último.
Mas não imagines que por isso ele concebesse qualquer amargura ou decepção. Ao contrário, era um anjo particularmente alegre e feliz. Por exemplo, ele não quis nem de longe aderir à revolta de Lúcifer, que havia procurado convencê-lo, em primeiro lugar pensando poder suscitar nele um sentimento de injustiça. — Siga-me — cochichou-lhe o tentador — e de último entre os últimos tornar-te-ás semelhante a Deus. Ele teria dado uma gargalhada e encolhido os ombros (se os tivesse, mas estes são dois modos de agir que pertencem a nós, humanos). Então o anjo colocou uma simples questão, que foi ouvida de um limite a outro da abóbada celeste: — Quem, então, é como Deus!?
Já antes da criação dos homens, o último dos anjos passou a fazer o bem sobre a Terra. Sendo um puro espírito, não tinha corpo. Mas possuía uma inteligência imensamente superior à nossa, uma vontade livre de entraves e um poder sobre todo o mundo material. Poder ao qual só os desígnios da Providência Divina punham limites. Além disso, fora do conhecimento sobrenatural de Deus, o anjo jamais tivera necessidade de aprender: todos os seus conhecimentos naturais foram-lhe comunicados por Deus no instante de sua criação. Sua ciência, sua força, seu discernimento, ele os utilizava para influenciar as condições materiais de nossa vida quotidiana. Por onde passava, o ar tornava-se mais leve, os pássaros cantavam com mais alegria, as flores deitavam seus perfumes e os homens sentiam-se inclinados a ser melhores. Ele era o anjo que restabelecia a paz na natureza depois das grandes tempestades; que tornava tão agradável o retorno da primavera; que conservava fresca a vasta sala de pedras onde vinham repousar os ceifeiros; que velava pela abundância dos frutos na colheita do outono; e que criava aquele ambiente reconfortante ao redor da lareira, com a lenha a crepitar, quando a neve recobria os campos. Ele patrulhava a Terra para suavizar os efeitos da natureza selvagem, para tornar mais suportável a vida dos pobres humanos e encorajá-los a praticar a virtude. Sua intervenção sobre os elementos procurava fazer renascer a esperança nos corações dos homens. Era uma ação humilde, que ele efetuava com engenho e discrição, mas tinha a intuição de que não enchia a medida do que era chamado a realizar. Amante de conjecturas, pensava que um dia Deus lhe confiaria talvez uma missão especial. — Quem sabe serei o anjo da guarda de alguém; sendo eu o último dos anjos, será provavelmente do mais fraco dos homens — disse ele a alguns dos grandes arcanjos do paraíso celeste, que sabiam mais do que ele. Mas eles contentaram-se em contemplá-lo em silêncio. * * *
Porém, como nenhum dos anjos superiores, em seus movimentos incessantes para a manutenção da ordem da Criação, se detivesse para explicar-lhe o que se passava, continuou a percorrer o mundo. Já fazia milhares de anos que ele cumpria seu ofício — o que parece muito para nós, mas não é senão um tantinho de eternidade na existência angélica —, quando em certa noite um dos magníficos serafins que servem junto ao Trono de Deus veio procurá-lo: — Nosso Soberano Criador tem uma missão para ti: vá depressa exercer teus talentos junto à pobre gente, no lugar que te indicarei. Apressando-se em percorrer a imensa distância que o separava da aldeia para onde fora enviado, ele entrou num recinto mal iluminado, sem saber o que iria encontrar.
.— Apressa-te! Não vês que ele está com frio? — disse o serafim. Só então o anjo compreendeu que Deus se fizera homem, e que sua missão era a de proteger aquele pequeno Menino e sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria, e ainda seu pai adotivo, São José. Rapidamente ele fez vir o asno e o boi que dormiam ao fundo, para que aquecessem com seu bafo o recém-nascido; suavizou a aspereza da palha, para evitar que viesse a incomodar o Divino Infante, e espalhou pelo ar um aroma de Natal, feito de resina de pinheiro, de cera quente, de flor de laranjeira e de especiarias diversas. O Menino o vê... e lhe sorri. Ele é o último, mas o mais feliz dos anjos! Depois dessa Noite Santa, todos os anos ele percorre a Terra para fazer sentir às almas de boa vontade a suavidade, o perfume, o espírito do Natal. Então, por favor, olha bem em torno de ti, e sê sensível à sua presença. Perceberás talvez que ele acaba de passar, vendo a chama vacilante de uma vela diante do presépio, contemplando o brilho de um enfeite de Natal suspenso num pinheiro, ou enlevando-te com a doçura dos cânticos da Missa do galo. * * * OBSERVAÇÃO — Esta história não é senão um conto de Natal. Ma s o último dos anjos existe realmente. Não sei como se chama (se ele mo tivesse dito, eu me alegraria em escrever seu nome; mas a Igreja proíbe aos homens dar nome aos anjos, exceto àqueles que apar ecem na Bíblia). De qualquer modo, nossa pobre inteligência humana não chegaria a compreender bem o significado e a beleza do nome de um anjo. Para dizer a verdade, foi ele quem me sugeriu escrever este conto. Quando objetei que talvez nem tudo fosse inteiramente exato, ele riu, deu de ombros e disse: Basta colocares uma observação no fim . Aqueles que tiverem conservado o melhor de sua inocência dos tempos da infância regozijar-se-ão. Os outros... fonte aqui Reflita sobre a frase Mas antes, leia o que está escrito abaixo: Chega uma hora na vida em que você descobre:Quem interessa, Quem nunca interessou, Que não interessa mais... E quem ainda vai interessar. Portanto, não se preocupe com quem já fez parte do seu passado; há um motivo para não estarem no seu futuro. Mande essas flores para todo mundo de quem quer estar perto em 2010. A lição sabemos decor Só nos resta aprender! fonte aqui |
Agradeço a todos(as) pelo carinho e pelo amor que vem de vocês!
Que você tenha um feliz e santo Natal!
Que você e sua família sejam abençoadas pelo menino luz que nasce a cada dia em nossos corações!
Beijos e beijos!
Vovó Rô!
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